terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Símbolos do Natal


Cronologicamente, o Natal é uma data importante para o Ocidente, pois o nascimento de Jesus foi um marco na história da humanidade, separando o nosso calendário em duas partes, antes de Cristo e depois de Cristo.

Na antiguidade, por não haver conhecimento da data exata do nascimento de Jesus, o Natal era comemorado em várias datas diferentes. A partir do século IV o Natal passou a ser oficialmente comemorado no dia 25 de dezembro. Na Roma Antiga, esta era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno, por isso historiadores acreditam que haja uma relação entre este fato e a data estabelecida para a comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal duravam 12 dias, pois este foi o tempo que levou para que os três reis magos, vindos do Oriente, chegassem até Belém. Melchior, Gaspar e Baltazar, os reis do Oriente, presentearam o menino recém nascido com ouro, incenso e mirra, e foi uma estrela que os guiou até o local onde estava o menino Jesus. É por isso que a estrela de Belém está presente nas representações do presépio e na ponta das árvores de Natal.


ORIGEM DA ÁRVORE DE NATAL

A árvore de Natal garante um clima especial para as festas de final de ano, por isso tornou-se um símbolo marcante na decoração de Natal. Em vários países do mundo as pessoas montam árvores de Natal para enfeitar suas casas. O que estas pessoas não sabem é que, mesmo antes do nascimento de Jesus (entre o 2º e 3º milênio a.C.) os povos antigos já enfeitavam árvores para render culto à Mãe Natureza.

O carvalho era considerado a rainha das árvores, expressão de energia e fertilidade da natureza, mas no inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos acreditavam que o espírito da natureza havia ido embora, então colocavam diferentes enfeites em seus galhos para atrair de volta o espírito fujão.

A árvore de Natal que conhecemos hoje surgiu na Alemanha, por volta do século 16, onde os pinheiros eram ornamentados para complementar a decoração de Natal. Os europeus utilizavam o pinheiro por ser esta a única árvore que, na imensidão da neve, permanecia sempre verdinha. Naquela época as árvores de Natal eram enfeitadas com velas acesas.

Foi o príncipe Alberto, marido da rainha Vitória, quem levou esta tradição para a Inglaterra, mais tarde espalhando-se por toda a América. Hoje, o mundo inteiro adotou a árvore de Natal como símbolo de ação de graças pelos frutos colhidos durante o ano.

As bolas e enfeites colocados nas árvores de hoje são a evolução das primitivas pedras e maçãs, que no passado enfeitavam o carvalho, precursor da atual árvore de Natal. Já as lâmpadas elétricas, brancas ou coloridas, substituem as velas acesas idealizadas por Martinho Lutero para simbolizar a purificação. E finalmente, a estrela colocada no alto da árvore de Natal, representa a estrela de Belém, que segundo as crenças antigas, tem um anjo que vela por ela.


QUANDO MONTAR A ÁRVORE

O dia de montar a árvore de Natal varia de país para país. Nos Estados Unidos, por exemplo, só se monta a árvore na véspera de Natal. A tradicional véspera de Natal, aguardada por muitas crianças, já apareceu como pano de fundo em vários filmes americanos.

Entre nós, brasileiros, não há uma data determinada para dar inicio a decoração de Natal, mas algumas pessoas gostam de montar suas árvores de Natal no dia 6 de dezembro, Dia de São Nicolau, nosso querido Papai Noel.

Segundo a tradição, a decoração de Natal deve ser desmontada, impreterivelmente, até a meia noite do dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Isto porque, segundo a História, foram os reis Magos que avisaram os pais de Jesus, Maria e José, sobre o perigo representado por Herodes, perseguindo todos os bebês nascidos em Jerusalém. É por isso que tudo é desmontado no dia 6 de janeiro, para evitar que os soldados do rei encontrem alguma pista do Menino Jesus.


ORIGEM DO PAPAI NOEL

A figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, nascido na Turquia em 280 d.C. Ele era um homem de bom coração, e gostava de ajudar os mais pobres deixando saquinhos com moedas, próximas as chaminés das casas.

Após vários relatos de milagres atribuídos a ele, a igreja católica transformou o bispo em santo, e passou a chama-lo São Nicolau.

A imagem de São Nicolau foi associada ao Natal devido a sua conhecida generosidade com as crianças, além da sua fama de distribuir presentes, montado num burrinho. No início, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escuro, mas em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast, criou uma nova imagem para o bom velhinho, colorindo suas roupas de vermelho e branco e complementando-as com um cinto e botas pretas.

Em 1931 a Coca-Cola associou a figura do Papai Noel ao seu refrigerante, que possuia as mesmas cores da imagem do bom velhinho. A campanha publicitária fez tanto sucesso que acabou espalhando a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.


O NOME DO PAPAI NOEL EM OUTROS PAÍSES

Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal")
Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel)
Chile (Viejito Pascuero)
Dinamarca (Julemanden)
França (Père Noël)
Itália (Babbo Natale)
México (Santa Claus)
Holanda (Kerstman, "Homem do Natal)
Portugal (Pai Natal)
Inglaterra (Father Christmas)
Suécia (Jultomte)
Estados Unidos (Santa Claus)
Rússia (Ded Moroz)


ORIGEM DA CEIA DE NATAL

Antigamente, assistir a Missa do Galo era uma tradição comum entre as famílias cristã. A missa era celebrada a meia-noite do dia 24 de dezembro, e como a comunhão exigia jejum prolongado, as famílias se alimentavam somente após a missa.


No inicio, a alimentação era simples, feita de refeição frugal. Com o passar do tempo, as ceias se tornaram fartas e bem elaboradas. O peru, por exemplo, foi inspirado no costume dos americanos de servirem este tradicional prato no Dia de Ação de Graças, uma data muito importante nos EUA. O panetone é uma tradição que veio da Itália, e as frutas secas, típicas do inverno europeu, foram incorporadas do hábito dos imigrantes europeus em consumir nozes, amêndoas e castanhas nas festas de final de ano.


Hoje, a ceia de Natal já é tradição, reunindo amigos e familiares em torno da mesa, para o esperado jantar do dia 24 de dezembro. Porém, mais importante do que pratos elaborados e deliciosos, é o nosso abraço fraterno, onde um coração encosta no outro coração.



ORIGEM DOS CARTÕES DE NATAL

Em 1843, o britânico Henry Cole, impossibilitado de escrever pessoalmente mensagens de Natal aos amigos, encomendou alguns cartões a uma gráfica com a seguinte mensagem: “Feliz Natal e Próspero Ano Novo”.

A novidade se espalhou rapidamente, e todo mundo queria desejar Boas Festas com os tais cartões impressos. A partir de 1870 esses cartões ganharam cores e a imagem do Papai Noel foi incorporada a eles.

Apesar disso, pode-se dizer que a primeira forma do cartão de Natal aconteceu na Espanha, quando um jornal de Barcelona, utilizando uma estampa impressa com a técnica da litografia, felicitou seus leitores pelo Natal.

Hoje em dia os cartões são bem variados, os modelos atendem a diversos gostos, e têm até cartão musicado. Eu, por exemplo, gosto muito dos cartões produzidos pelos “Pintores com a boca e os pés”. Vale à pena adquiri-los, são cartões belíssimos, realizados com muita arte e sensibilidade. Quase todas as imagens que ilustram este artigo foram pintadas pelos artistas da Associação dos Pintores com a boca e os pés.




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domingo, 11 de dezembro de 2011

Curiosidades de Natal

Você sabe como dizer Feliz Natal em outros idiomas? Na relação abaixo você confere como se diz Feliz Natal em mais de 30 países.

Dá uma olhada lá e escolha em qual língua a saudação fica mais interessante. É claro que a maioria delas eu não consigo nem pronunciar... hehehe.


Alemanha: Fröhliche Weihnachten
Bélgica: Zalige Kertfeest
Brasil: Feliz Natal
Bulgária: Tchestito Rojdestvo Hristovo, Tchestita Koleda
Catalão: Bon Nadal
China: Sheng Tan Kuai Loh (mandarín) Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun (cantonés)
Coréia: Sung Tan Chuk Ha
Croácia: Sretan Bozic
Dinamarca: Glaedelig Jul
Eslovênia: Srecen Bozic
Hispanoamérica: Felices Pascuas, Feliz Navidad
Estados Unidos da América: Merry Christmas
Hebraico: Mo'adim Lesimkha
Inglaterra: Happy Christmas
Finlândia: Hauskaa Joulua
França: Joyeux Noel
País de Gales: Nadolig Llawen
Galego (na Galicia): Bo Nada
Grécia: Eftihismena Christougenna
Irlanda: Nodlig mhaith chugnat
Itália: Buon Natale
Nova Zelândia em Maorí: Meri Kirihimete
México: Feliz Navidad
Holanda: Hartelijke Kerstroeten
Noruega: Gledelig Jul
Polônia: Boze Narodzenie
Portugal: Boas Festas
Romênia: Sarbatori vesele
Rússia: Hristos Razdajetsja
Sérvia: Hristos se rodi
Suécia: God Jul
Tailândia: Sawadee Pee mai
Turquia: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun
Ucrânia: Srozhdestvom Kristovym
Vietnã: Chung Mung Giang Sinh

Fonte: http://www.terra.com.br/natal/curiosidade_11.htm



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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Origem do presépio de Natal

O mês de dezembro chegou e o clima natalino tomou conta da cidade. A linda decoração de Natal está espalhada pelas ruas, praças, escolas, lojas, residências, escritórios, e até no elevador do prédio onde trabalho. Algumas decorações são tão famosas que já viraram atração turística.

Esta é a época do ano em que as crianças escrevem cartinhas ao papai Noel, os adultos se reúnem para organizar o amigo secreto e a ceia de Natal, as pessoas se agitam pra lá e pra cá fazendo compras e mais compras, e os comerciantes, é claro, ficam felizes porque o lucro é certo.

Mas será que no meio desta movimentação toda alguém ainda se lembra quem é o ilustre aniversariante? Será que as pessoas conhecem o verdadeiro motivo desta grande festa, presente em todos os lares cristãos do planeta?

É claro que muitas pessoas nunca se esquecem de Jesus, e mesmo entre tantos presentes e comilanças oferecem uma prece ao menino que, nascido há mais de 2000 anos, deveria ser o grande homenageado da noite de Natal. Embora o objetivo do Natal seja comemorar o nascimento de Jesus, muitos pensam que a importância deste dia está em colocar uma roupa nova, dar e receber muitos presentes, além de comer e beber coisas gostosas.

Sendo assim, resolvi homenagear o ilustre aniversariante do dia 25 de dezembro contando como nasceu o presépio, tradicional representação do nascimento de Jesus.


A HISTÓRIA DO PRESÉPIO

Segundo o evangelho de Lucas (Lucas 2:7), quando Maria deu à luz seu filho primogênito, não havia lugar para eles na hospedaria, então, a bondosa mãe envolveu o menino em faixas e o acomodou num presépio, lugar cercado para dar comida e descanso aos animais, hoje conhecido por estábulo ou curral.

A palavra presépio tem sua origem no latim praesepire, que literalmente significa “local onde se recolhe o gado”, ou seja, Jesus nasceu num lugar destinado aos animais.

No século V, por iniciativa do papa Sisto III (432-440), foi construído na Basílica de Santa Maria Maior um relicário para conservação de algumas partes da Gruta de Belém, e a Basílica ficou conhecida como “Santa Maria do Presépio”. No início, o presépio era representado apenas com uma vaca, um burro, e o menino na manjedoura.

Foi na Idade Média, em 1223, que São Francisco de Assis tornou o presépio bastante popular. Ele queria celebrar um Natal o mais realista possível, e explicar às pessoas mais simples como foi o nascimento de Jesus Cristo. Assim, após receber a autorização do papa Honório III (1216-1227), construiu uma gruta e agrupou, ao redor da imagem do menino, as imagens de Maria e José, e colocou um asno e um boi vivos. Em adoração ao Salvador recém-nascido, imagens dos pastores representando a simplicidade das pessoas do local em que Jesus nasceu, também faziam parte do presépio montado por São Francisco de Assis. Foi nesse cenário, em Greccio na Itália, que foi celebrada a missa do Natal de 1223.

A pioneira representação do presépio fez tanto sucesso que se espalhou rapidamente por toda a Europa. A tendência começou noutros conventos franciscanos da Itália, e seguiu-se por igrejas e residências, das mais nobres às mais humildes, estendendo-se depois por todo o mundo. Assim nasceu a tradição natalina de montar um presépio para celebrar o Natal.

Dentre as várias manifestações e símbolos do espírito do Natal, talvez seja o presépio a mais universal, popular e significativa de todas. Há, em vários países, muitas exposições de presépios que são verdadeiras obras de arte. Uma das mais belas representações artísticas do presépio foi pintada por Giotto, no afresco que está na Basílica Superior de Assis, em Itália.

Embora presente em todo o mundo, o presépio é uma tradição tipicamente italiana, com estilos e modelos que mudam de região para região, sendo que nos presépios da Itália, a imagem do Menino Jesus é colocada somente depois do seu nascimento, permanecendo vazia a manjedoura antes deste momento.

Se você gosta de presépios, faça uma visita à 22ª Exposição Franciscana de Presépios, realizada no Convento São Francisco de Assis, em São Paulo. Eu estive lá e gostei muito. Embora sejam presépios singelos, feitos com peças pequenas, as obras de arte são bem originais. Os presépios vieram da Itália, Espanha, Angola, Bolívia, Peru, Brasil, Portugal, México, e outros países, todos com características bem regionais, cujos materiais empregados são a palha, madeira, argila, ferro, marfim, tecido, etc. É interessante ver como cada país retrata a tradicional cena do nascimento de Jesus.

Vale a pena conferir, mas caso você não possa ir, saiba que a exposição acontece todos os anos. O Convento São Francisco de Assis fica ao lado da Faculdade de Direito, no Largo São Francisco nº 133, bairro da Sé, região central da cidade de São Paulo.

A exposição acontece de 7 a 30 de dezembro de 2011, das 10h às 18h, todos os dias, com entrada franca (nos dias 24 e 25 de dezembro não haverá visitação).

Tirei algumas fotos durante a minha visita, mas elas não ficaram boas porque a sala de exposição é meio escura, cada montagem é realçada apenas com um foco de luz sobre o Menino Jesus. Mesmo assim eu postei algumas fotos aqui para aguçar sua curiosidade.

Brasil - presépio em palha

Bolívia - presépio em barro cozido esmaltado

México - presépio em barro cozido pintado

Itália - presépio em marfinite pintado



 
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